Sempre divertido
Suponho que, na verdade, todas as pessoas gostariam de se divertir. E não conheço nenhuma pessoa que me diga que não se importa com a diversão e que não se importa se está aborrecida ou a divertir-se. Mas muitas vezes diz-se que também se deve estar aborrecido. Mas eu penso sempre que devemos aborrecer-nos para sermos criativos. Por isso, na minha opinião, o aborrecimento não é aborrecido no sentido de… Porque muitas vezes também ouço opiniões diferentes de psicólogos e outros especialistas que dizem que também devemos deixar os nossos filhos aborrecerem-se, porque supostamente o aborrecimento dá prioridade, como referi, à sua criatividade oculta.
Não sei qual é a verdade nisso, mas talvez haja alguma. Porque quantas vezes, quando eu era miúdo, me sentei na sala de estar e não sabia o que fazer. Isso porque estava doente e não podia sair. Estava sempre à procura de algo para fazer para me manter ocupado. Por isso, quando estava sentado na sala de estar a pensar, estava mesmo aborrecido e estava sempre a pensar no que fazer para me entreter. No final, após cerca de vinte minutos ou meia hora, decidi que iria pintar ou estudar também. Fiz as duas coisas. Tenho de admitir que gostei muito desta diversão.
E mais tarde também me inscrevi num curso de desenho e pintura. E tenho de dizer que é mesmo muito divertido, por isso nem sei como é que se pode inventar isto, que só pintar é divertido. E é divertido durante muito tempo. E quando não se está sozinho e se pinta a pares, como fazem as crianças, é mais divertido do que quando se pinta sozinho. Depois disso, continuei a gostar muito de tocar piano. Sei que é um passatempo caro, como me disseram os meus pais e os meus avós, mas acreditem que continuo a gostar de tocar piano. Toco pelo menos meia hora todos os dias porque gosto e também me descontraio com tudo.